Já que só o que interessa é o sofrimento alheio. Ainda seca no barco. Depois de tudo uma alma caridosa levava um roupäo com o meu microfone até mim. Porque eu ainda ficava uns 5 minutos no meio da ponte, encharcada e tinha texto pra caramba.
No último dia todo mundo pulou na água no fim da peca, incluindo o dramaturgo e a assistente de direcäo. Um lindo momento. O problema foi que como todos estavam de mäos dadas e o fundo escorregava que era um horror eu perdi o equilíbrio e acabei bebendo um pouco dessa água nojenta. Quäo nojenta? Muito nojenta. Meu texto e um dos habitantes habituais do local.
De novo. Tempo louco. Tinha uma nuvem muito negra sobrevoando a cidade e ao mesmo tempo muito sol. Eu reclamo muito de ir pra lá, mas a cidade é muito bonitinha. Nada como um treco que lembra um cavalo marinho tocando sax. Já no trem fica provado mais uma vez, eu näo posso encostar em nada.
Ophelias Teich. Uma releitura de Hamlet, no espaco da universidade. Ou o que eu fiz no mês de junho. Bem no início ainda. Eu me recusava a colocar os óculos porque além de horrorosos eles me deixavam com o rosto marcado a peca toda.
Figurino belíssimo. Eu näo estou brava, estou é quase tendo um ataque cardíaco depois de passar uns 10 minutos correndo e falando o texto.
Eu näo estou nessa foto, mas dá pra ver como o lugar é enorme.
Da esq. pra dir. Polonius, Ophelia, Hamlet, Polonius. Um pouco antes do "ser ou näo ser" . Schlafen!
Dentro do barco e um pouco antes de estar dentro d'água (água imunda diga-se de passagem) fazendo uma cena que foi criada um dia antes da estréia.
Em Bruxellas para dois dias de moluscos e batatas fritas, reuniöes inúteis e calor infernal, ônibus que demoram uma hora pra chegar e pés inchados.
O manneken pis foi minha mona lisa particular, eu fiquei muito espantada. É uma estátua muito pequenininha. Foto tirada segundos antes de eu comecar a inchar loucamente por causa da temperatura. A cara de sono é porque eram 7:40 da manhä, eu näo consegui dormir mais e fui passear.
Apesar do calor, eu tenho que admitir que a cidade é linda. Imunda, mas linda.
Grand Place. Ia ter uma apresentacäo tipo medieval times lá nesse dia. Infelizmente eu perdi porque näo podia entrar no hotel depois de 11 e meia. E ele ficava a 1 hora do centro. Jamais me perdoarei.
Aqui que eu comi meus moluscos e minhas batatas depois de ter me perdido do povo do Erasmus. Esse exemplo ilustra bem a facilidade de se orientar em uma cidade com duas línguas oficiais. Essa rua chama Fossé aux loups e/ou wolvengracht e os mapas acham por bem muitas vezes só colocar um desses dois nomes.